Vice Governador do Pará fica em cima do muro sobre divisão do estado
O vice-governador do Pará, Helenilson Pontes, esteve presente na abertura do I Simpósio do Polo Metal-mecânico de Marabá (SIMPOMEC) na manhã desta segunda-feira, 28. Antes de falar, a deputada Bernadete ten Caten (PT) sugeriu para que ele declarasse em público sua posição sobre a criação dos estados do Carajás e Tapajós, uma vez que o governador Simão Jatene já o havia feito. O pedido de Bernadete foi recebido com palmas pela platéia, mas parece não ter agradado o vice-governador que se mostrou irritado com o pedido da deputada.
Ao lhe ser concedida a palavra, Helenilson Pontes não falou uma vez as palavras Carajás e Tapajós. Ao invés disso, falou o nome “Pará” por mais de 20 vezes em apenas nove minutos de discurso.
Minutos depois, durante entrevista coletiva, o vice-governador foi mais uma vez inquirido a posicionar-se em torno do assunto, porém, fugiu mais uma vez, dizendo que não divulgaria sua posição sobre o assunto. “Só vou revelar meu pensamento sobre a divisão do Pará no dia 11 de dezembro, na urna”.
Conheça a história da cidade de Canaã dos Carajás
Historia
Cidade de Canaa dos Carajás |
Seu nome tem origem bíblica e significa "Terra Prometida". A sua escolha aconteceu devido ao fato de que a população que morava na antiga vila CEDERE II, era formada majoritariamente por cristãos protestantes.
Estes cristãos queriam de uma forma singular agradecer a Deus, pela "boa terra que lhes tinha dado naquele local". Desta forma eles denominaram a vila CEDERE II, como Canaã dos Carajás, em alusão á Canaã Palestina, prometida aos Hebreus por Deus.
[editar] HistóriaO município de Canaã dos Carajás nasceu a partir de um assentamento agrícola. O Projeto de Assentamento Carajás, localizado na região sudeste do Pará, foi implantado a partir de 1982 pelo Grupo Executivo das Terras do Araguaia e Tocantins (GETAT), do Governo Federal.
O objetivo era atenuar os conflitos pela posse da terra na região, principalmente na área conhecida como Bico do Papagaio. Ao longo de três anos, 1.551 famílias foram assentadas na área que ficou conhecida como Centro de Desenvolvimento Regional, CEDERE. Até 1985, 816 famílias haviam recebido o título definitivo de terra. Porém, naquele mesmo ano, as atividades de assentamento dos sem-terra terminam e o GETAT é extinto.
A emancipação política de Canaã dos Carajás do município de Parauapebas ocorreu em 5 de outubro de 1994, por meio da Lei Estadual 5.860/94. As eleições no novo município foram realizadas no dia 3 de outubro de 1996. O primeiro prefeito foi Cimar Gomes da Silva, tendo como vice-prefeito Daniel Gonçalves, assassinado ainda durante a campanha. O segundo prefeito Anuar Alves; o terceiro Joseilton do Nascimento (Ribita). Atualmente Anuar Alves retornou à prefeitura após ter ganhado as eleições de 2008.
Para falar sobre aquele início de aventura, marcado, sobretudo, por muito sofrimento, ouvi o relato de alguns dos primeiros moradores, todos eles participaram ativamente da construção do município, reivindicando o direito de transformar aquela pequena vila, conhecida como Cedere II, na cidade com uma população superior a 30 mil habitantes.
A agricultura é bastante significativa em Canaã, fato que se justifica pois a cidade surgiu de um projeto agrícola. É comum ver no núcleo urbano do município a presença de pequenas hortas destinadas tanto ao consumo local, como dos municípios vizinhos. A agropecuária e o agrobusiness, crescem de forma vertiginosa no município.
A indústria madeireira também tinha uma parcela expressiva na contribuição para a economia local, contudo esta está em claro declínio tende a se extinguir.
Seus primeiros moradores
Para ser um morador dessa região era preciso atender as exigências do GETAT entre as quais ser jovem, gozar de boa saúde e ter poucos filhos. "Tinha que ser uma pessoa que aguentasse trabalhar, porque era para desbravar uma mata fechada, onde existiam muitas dificuldades, febre, insetos e feras perigosas". Quem conta é o goiano Francisco Teixeira Chaves, o popular "Chico Trajano", de 54 anos, atualmente proprietário da Lanchonete 20V.
Ele chegou por aqui no dia 22 de agosto de 1984, acompanhado da esposa Divina Aparecida e da Filha recém-nascida. A terra onde a família foi assentada ficava na VS 48, há seis quilômetros do Cedere II. "Uma terra muito boa. Ali produzi arroz, milho, feijão e formei pastagem", lembra Chico Trajano.
Com a emancipação política de Canaã dos Carajás, Chico Trajano foi convidado pelos amigos para lançar candidatura para vereador, o que o fez, sendo um dos vereadores mais votados e foi também o mais combativo, declaradamente de oposição e um dos responsáveis pela cassação do primeiro prefeito. Apesar de ser um dos mais atuantes, não conseguiu a reeleição.
"Canaã é um lugar muito bom para morar, de gente boa, humilde e trabalhadora, com muita terra fértil e bastante promissora, agora o que mais me marca aqui em Canaã dos Carajás é a briga política. Quando fui vereador foram quatro anos de briga. O município não deu muita sorte politicamente", enfatiza o ex-vereador.
Por outro lado um dos fatos mais marcantes que ele considera foi a implantação do Projeto Sossego, com a consequente pavimentação da PA 160, que liga Canaã a Parauapebas. Nas décadas de 80 e 90 muitos colonos demoravam às vezes um dia e uma noite principalmente no inverno, para ir de um município ao outro. "A pessoa sai daqui agora e dentro de 40 minutos está em Parauapebas", comemora.
(por Luiz Pereira)
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